Agência: DDB Lisboa Anunciante: SIVA/VW Director Criativo: Jorge Teixeira Copywriter: Catarina Matos Director de Arte: Filipe Domingues Fotografia: Chico Prata
13 comentários:
Anônimo
disse...
Isto dantes era assim: na televisão passavam os Dallas, os Bonanzas e outras coisas com o QI do Luís Pereira de Sousa. No cinema havia Kubrick, Lynch e Kusturica. Claro que também havia muita pipoca pelo meio, mas as histórias, as personagens, o talento estavam, de facto, nas salas de cinema. Hoje, o cinema foi-se imbecilizando: não são histórias, são video-games. Não são realizados, são efeito-especializados. Enquanto isso, na televisão, aparecem os Sopranos, 7 Palmos de Terra, Sexo e a Cidade, Donas de Casa Desesperadas, 24, Lost, CSI, House, Nip Tuck, Prision Break, Anatomia de Grey, Ossos. Pois é, a par da Moranguização do horário nobre, aparecem sinais de vida inteligente na box. Descobre-se que, afinal, até há espectadores de televisão que sabem apreciar uma boa história, com personagens mais densas, com descodificações mais elaboradas.
Mas a verdade é que esta funtastic life ainda não chegou à publicidade. Coisas assim do nível Floribelliano é ao pontapé. Anúncios inteligentes, que exijam o mínimo de descodificação, daqueles que premeiam o espectador que o «descobre», nada. A «crise» e a dispersão dos GRPs são as desculpas de serviço. E insiste-se que é preciso ser directo, incisivo, factual.
E nunca há espaço para o simbólico, para o emocional, para a wittiness (essa palavra cada vez menos traduzível). O intervalo de televisão é o mundo do pseudo hardsell. Do «Veja lá se ainda dá para dizer mais isto na voz off». Dos gags fedorentos repetidos. Das personagens que debitam ipsis verbis o briefing, como se fosse uma conversa entre amigos.
E, entretanto, os mesmos espectadores dos CSIs - muitos deles publicitários e marketeers - trocam e-mails e Youtubes com anúncios engraçados, inteligentes, brilhantes. Como se esses atributos fossem proibidos na televisão. O Dr.House dizia-lhes!
Sou suspeito, porque sou um grande amigo do Filipe mas, como cliente Volkswagen que sou, fico confortado ao ver este anúncio. Apela ao lado emocional de cada um. E não era mesmo essa a ideia? Parabéns à equipa.
Vai dizer isso de não precisar de bodycopy ao Cliente. Oh sr. Cliente, eu sou o dc do dc e acho que o anúncio não precisa de bodycopy! Aliás, você nem precisa de vender carros!
"E nunca há espaço para o simbólico, para o emocional..." São tão bonitos os "corações acelerados pelo sentimento mais querido de todos". Se amar, não beba.
Se Portugal fosse a uma entrevista que trabalhos mostrava? Envie os melhores trabalhos da sua agência para onossoportfoliopt@gmail.com e ajude-nos a construir o maior arquivo publicitário do país.
13 comentários:
Isto dantes era assim: na televisão passavam os Dallas, os Bonanzas e outras coisas com o QI do Luís Pereira de Sousa. No cinema havia Kubrick, Lynch e Kusturica. Claro que também havia muita pipoca pelo meio, mas as histórias, as personagens, o talento estavam, de facto, nas salas de cinema.
Hoje, o cinema foi-se imbecilizando: não são histórias, são video-games. Não são realizados, são efeito-especializados. Enquanto isso, na televisão, aparecem os Sopranos, 7 Palmos de Terra, Sexo e a Cidade, Donas de Casa Desesperadas, 24, Lost, CSI, House, Nip Tuck, Prision Break, Anatomia de Grey, Ossos. Pois é, a par da Moranguização do horário nobre, aparecem sinais de vida inteligente na box. Descobre-se que, afinal, até há espectadores de televisão que sabem apreciar uma boa história, com personagens mais densas, com descodificações mais elaboradas.
Mas a verdade é que esta funtastic life ainda não chegou à publicidade. Coisas assim do nível Floribelliano é ao pontapé. Anúncios inteligentes, que exijam o mínimo de descodificação, daqueles que premeiam o espectador que o «descobre», nada. A «crise» e a dispersão dos GRPs são as desculpas de serviço. E insiste-se que é preciso ser directo, incisivo, factual.
E nunca há espaço para o simbólico, para o emocional, para a wittiness (essa palavra cada vez menos traduzível). O intervalo de televisão é o mundo do pseudo hardsell. Do «Veja lá se ainda dá para dizer mais isto na voz off». Dos gags fedorentos repetidos. Das personagens que debitam ipsis verbis o briefing, como se fosse uma conversa entre amigos.
E, entretanto, os mesmos espectadores dos CSIs - muitos deles publicitários e marketeers - trocam e-mails e Youtubes com anúncios engraçados, inteligentes, brilhantes. Como se esses atributos fossem proibidos na televisão. O Dr.House dizia-lhes!
inacreditável
é um anúncio que não aquece nem arrefece e que o grande mérito é não mostrar o carro a 3/4 de frente (porque não é carrinha).
Ora ai está a prova de que uma boa ideia pode ser directa e de facil/imediata compreenção.
Parabéns aos criativos.
Sou suspeito, porque sou um grande amigo do Filipe mas, como cliente Volkswagen que sou, fico confortado ao ver este anúncio. Apela ao lado emocional de cada um. E não era mesmo essa a ideia? Parabéns à equipa.
O amor esta no ar na DDB!
como é possível?
lado emocional de cada um...lol.......
isto é brutal....
este anuncio é anedótico
Gosto, pelo menos não tem corações...
Este é um anúncio cuja imagem é tão bem conseguida que dispensava o bodycopy. Além de frio e mal conseguido, não acrescenta nada ao anúncio.
Vai dizer isso de não precisar de bodycopy ao Cliente. Oh sr. Cliente, eu sou o dc do dc e acho que o anúncio não precisa de bodycopy! Aliás, você nem precisa de vender carros!
muito ruim, aliás péssimo.
"E nunca há espaço para o simbólico, para o emocional..." São tão bonitos os "corações acelerados pelo sentimento mais querido de todos".
Se amar, não beba.
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